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Sexualidade: Criação, Quebrantamento, Verdade e Graça

Bryan Kliewer 23 out 2010

Editor's Note

Este Documento Avançado de Cape Town 2010 foi escrito por Bryan Kliewer com o objetivo de oferecer um panorama do tema a ser discutido na sessão Multiplex intitulada “Sexualidade: Criação, Quebrantamento, Verdade e Graça” Os comentários sobre este documento feitos através da Conversa Lausanne Global serão enviados ao autor e a outras pessoas para que se chegue ao formato final a ser apresentado no Congresso

INTRODUÇÃO

Uma razão para abordar o tema da sexualidade na conferência de Lausanne é que existem em todo o mundo 155 milhões(1) de pessoas envolvidas na homossexualidade e a igreja não está alcançando essas pessoas com o evangelho de maneira adequada.

Muitos na igreja, afirmam que não estão preparados para alcançar essas pessoas, além disso, existem muitas dúvidas em torno deste assunto. Os homossexuais devem ser convidados para vir à igreja? A igreja deve começar algum tipo de evangelismo formal? O que as igrejas devem fazer quando os homossexuais recebem a Cristo? Há maneiras eficazes de dar acompanhamento a novos cristãos com um passado homossexual? Como as igrejas devem responder aos cristãos que afirmam ter dificuldade com a homossexualidade?

Nós, que estamos na igreja, também temos dado informações e conselhos errados àqueles que recebem a Cristo. Dizemos às pessoas que elas precisam mudar antes de receber a Cristo – confundindo arrependimento com transformação. Interpretamos as Escrituras de forma incorreta, afirmando que se a pessoa luta contra problemas sexuais depois de receber a Cristo, é porque há algo errado com ela.

Algumas pessoas na igreja preferem não se envolver com elas e alguns as consideram ‘o inimigo’ e não ‘o perdido’. Esta visão de inimigo tem erguido barreiras entre os perdidos e o reino de Deus e também tem feito com que pessoas dentro e fora da igreja temam ser honestas a respeito de suas verdadeiras lutas com a sexualidade. Se considerarmos a resposta da igreja, podemos afirmar que este é o maior grupo deliberadamente não alcançado do mundo.

Os ensaios sobre este tema lançam um chamado à igreja; um chamado para uma mudança na sua abordagem aos homossexuais e à homossexualidade; um chamado para alcançá-los com a verdade e a graça de Deus. O que foi feito no passado estava distante do evangelho e não demonstrou a verdade e a graça de Deus. Não deveria haver um grupo de pessoas deliberadamente não alcançado.

Para ajudar a igreja a compreender este chamado, as sessões e os ensaios sobre a sexualidade têm os seguintes objetivos:

  1. Compreender a extensão e o escopo das questões sexuais na igreja, particularmente as lutas que as pessoas enfrentam fora e dentro da igreja com a sexualidade, e o significado do impacto que essas questões sexuais têm na igreja
  2. Compreender que 155 milhões de pessoas em todo o mundo estão envolvidas com a homossexualidade e formam um grupo de povos não alcançados.
  3. Compreender como as visões contemporâneas de mundo sobre a sexualidade criam desafios significativos na vida da igreja e na evangelização. As visões de mundo contemporâneas pressionam as sociedades e as igrejas a adotar uma visão da verdade, da humanidade e da moralidade diferente do cristianismo tradicional. Este tema está polarizando a igreja. Além disso, as ações da igreja, referente a esta questão tornaram-se uma barreira para alcançar outros, pois muitas pessoas não alcançadas rejeitam o cristianismo por acreditarem que os cristãos são pessoas intolerantes, odiosas e preconceituosas com relação aos gays.
  4. Preparar os cristãos e as igrejas para sustentar a visão bíblica da sexualidade, respondendo com compaixão e graça aos atingidos pela homossexualidade através da sua desmistificação. Para fazer isso, as sessões vão oferecer uma melhor compreensão das raízes da atração pelo mesmo sexo; o plano de Deus para mudança e transformação; e o plano de Deus para uma vida de integridade sexual. As sessões também vão encorajar as igrejas a afirmar que homens e mulheres envolvidos no homossexualismo não são inimigos da igreja. São, na verdade, os perdidos que precisam ser alcançados pelo evangelho. Muitos são os que sofrem na busca de aceitação, ajuda, cura e reconciliação com Deus. As sessões também vão analisar de que maneira os cristãos e as igrejas podem alcançar as pessoas envolvidas com a homossexualidade.
  5. Compreender o plano de Deus para a cura e a transformação e como elas acontecem.

INTRODUÇÃO DO ENSAIO

Com esses objetivos em mente, foram escritos quatro ensaios que abordam a sexualidade, a verdade e a graça. O ensaio cobre os seguintes tópicos:

  1. O que é homossexualidade
  2. A extensão das questões sexuais que a igreja enfrenta
  3. A obra de Deus para redimir e transformar as pessoas envolvidas com a homossexualidade.
  4. Preparar a igreja para responder com a verdade e a graça de Deus

O QUE É HOMOSSEXUALIDADE?

Esta pergunta é um bom ponto de partida, porque existem informações contraditória de diferentes fontes, há confusão na igreja, e a igreja está respondendo de muitas maneiras diferentes. Responder o que parece ser uma simples pergunta não é fácil. Não há definição de homossexualidade que seja precisa e que inclua todos os aspectos. É provável que seja muito mais fácil dizer o que a homossexualidade não é. Não é defeito genético, desequilíbrio emocional, doença mental, ou resultado de possessão demoníaca.

Para responder a esta pergunta, vamos considerar quatro áreas: atração, comportamento, identidade e estilo de vida.

Atração

Às vezes, o termo homossexualidade é usado para se referir à atração pelo mesmo sexo e às vezes, a atração pelo mesmo sexo é chamada de orientação homossexual.

Por que as pessoas sentem atração pelo mesmo sexo? Esta é uma área onde há muita controvérsia.

Às vezes, a atração pelo mesmo sexo é temporária e ocorre somente por um curto período. Outras vezes, pode ser contínua. É importante entender que algumas pessoas que experimentam a atração pelo mesmo sexo não desejam isso, e há muitas pessoas que têm atração pelo mesmo sexo, mas não se identificam como homossexuais.

Alguns afirmam que a orientação homossexual é determinada biologicamente através dos genes ou dos hormônios, como são determinadas a raça e a cor dos olhos. Geralmente esta afirmação é usada para sustentar o argumento de que crianças e adolescentes que experimentam confusão ou dificuldade em seu desenvolvimento sexual deveriam ser informadas de que isso significa que são homossexuais e que deveriam abraçar a homossexualidade na vida adulta.

Embora as influências e predisposições genéticas possam contribuir para qualquer comportamento indesejado, é importante que não sejamos enganados. As origens da homossexualidade ainda não foram claramente compreendidas pelos cientistas e a discussão é polêmica. Os relatos da mídia afirmam muito mais do que a comunidade científica aceita. Na realidade, a ciência começou a demonstrar que comparar a atração pelo mesmo sexo com a raça ou a cor dos olhos – estes completamente determinados pelos genes – é uma comparação infeliz. A sexualidade é um aspecto complicado da nossa natureza. A ciência também está começando a estudar a variabilidade das atrações sexuais e que a mudança na atração sexual ocorre com bastante frequência em muitas pessoas.

Também podemos dizer que as pessoas não escolhem experimentar a atração pelo mesmo sexo. Ninguém acorda um dia, aos 15, 20 ou 50 anos de idade e diz: “Tenho sido heterossexual toda a minha vida mas hoje eu escolho ser homossexual.” Na realidade, a experiência da maioria das pessoas é que elas se sentem diferentes desde suas primeiras lembranças. Elas não queriam ter estes sentimentos e resistiram a eles durante anos.

As pessoas nascem gays? As pessoas decidem ser gays? Nenhuma destas afirmações simplistas é verdadeira e não são as únicas opções entre as quais devemos escolher. As causas da atração pelo mesmo sexo são mais complexas do que estas duas opções simplistas. Mais de cem anos de pesquisa e a ciência sustenta uma teoria de desenvolvimento, ou seja, a orientação homossexual é desenvolvida como uma resposta a uma combinação complexa de fatores: psicológicos (influências da infância tais como relacionamento pai-filho e abuso sexual infantil), ambientais (as influências do grupo, experiências com o mesmo sexo e iniciação sexual precoce), e biológicos, associados à escolha humana (experiências na vida adulta como a experimentação voluntária ou proposital e desinibição subcultural).  Este processo aparentemente automático pelo qual a atração não-sexual pelas pessoas do mesmo sexo durante a infância se transforma em um desejo sexual pelo sexo oposto durante a puberdade não é, de maneira nenhuma automático. É a culminação de toda uma infância de experiência e desenvolvimento.

Alguns psicólogos expressaram da seguinte forma a relação entre as experiências na infância e a atração pelo mesmo sexo(2):

A homossexualidade é uma deficiência na habilidade da criança de se relacionar com pais do mesmo sexo que é levada para os adultos do mesmo sexo em geral. Colocado de outra forma, o problema com um adulto homossexual não é que ele queira o amor do mesmo sexo. É que suas necessidades de amor por um dos pais (do mesmo sexo) durante a infância nunca foram satisfeitas e eles estão tentando supri-las agora com relacionamentos com outros adultos do mesmo sexo e que incluem a atividade sexual como uma forma enganosa de receber amor.

O que a Bíblia diz sobre atração sexual? Ela diz que a sexualidade, incluindo o desejo, foi criada por Deus como parte de Sua imagem em nós.  E disse Deus que essa atração era boa. O plano de Deus para nossa atração era que ela nos ajudasse a entender que não é bom que fiquemos sós. Nossa atração por uma pessoa do sexo oposto contribuiria para nos levar ao casamento onde nos tornaríamos uma só carne com nosso cônjuge. Deus criou a atração, o amor e a intimidade sexual entre o marido e a esposa como coisas boas que atendem a vários objetivos.

Entretanto, o pecado afetou nossa atração assim como afetou cada aspecto da criação de Deus. O resultado é que todos nós experimentamos esta atração afetada pelo pecado, que nos tenta a usar a sexualidade de maneira diferente do que Deus planejou. Às vezes a atração nos leva à tentação do sexo antes do casamento. Outras vezes leva-nos a tentação do sexo fora do casamento. Outros enfrentam atração por pessoas do mesmo sexo e outras enfrentam atração por crianças ou outras coisas. Deus não nos condena por experimentarmos uma atração ou tentação específica. Deus afirma que estamos condenados pela natureza do pecado. Deus não diz que experimentar a atração pelo mesmo sexo é pecado. Deus também não diz que podemos escolher nossas tentações. Mas Ele diz que ir das tentações às ações (sejam elas em nossa imaginação ou na realidade física) é um ato pecaminoso.

É válido para a igreja, desenvolver uma melhor compreensão da atração pelo mesmo sexo.

Isto ajuda a igreja a entender que cristãos e não cristãos podem experimentar a atração pelo mesmo sexo. Também ajuda a igreja a responder às pessoas que experimentam uma indesejada atração pelo mesmo sexo, que não querem ter um comportamento pecaminoso ou que não querem adotar uma identidade homossexual.

Esta compreensão ajuda a igreja e os cristãos individualmente a lidar com a distinção entre tentação e pecado. A atração pelo mesmo sexo pode levar à tentação de pensamento ou de comportamento de lascívia, da mesma forma que à tentação da atração pelo sexo oposto. A experiência da tentação de ser atraído para pessoa do mesmo sexo ou do sexo oposto não é pecaminosa. Ela é a prova de que o pecado afetou a sexualidade das pessoas, fazendo com que sejam tentadas a usar a sexualidade de uma forma que Deus não planejou. Em ambos os casos, as pessoas não são forçadas a cair nas tentações. Tentações podem ser resistidas e superadas no poder do Espírito Santo.

Uma melhor compreensão deste assunto oferece direção à igreja no que se refere aos tipos de ministérios que podem ser úteis às pessoas que experimentam atração pelo mesmo sexo.

Comportamento

Às vezes o termo homossexualidade é usado com referência à atividade sexual de homens com outros homens e mulheres, com outras mulheres.

Entretanto, esta definição de comportamento homossexual não é precisa.  Há aqueles que têm uma experiência homossexual breve e experimental e não se consideram homossexuais; e há aqueles que se envolvem em atividades homossexuais e que também não se consideram homossexuais.

Quando consideramos o comportamento homossexual, devemos observar que não há absolutamente, nenhuma atestação do comportamento homossexual em qualquer lugar da Bíblia. Pelo contrário, a instrução constante na Bíblia é a castidade para aqueles que estão fora do casamento heterossexual monogâmico e a fidelidade para aqueles que vivem este casamento. Também há abundante evidência de que o comportamento homossexual, juntamente com o comportamento heterossexual ilícito é imoral e está sob o julgamento de Deus.

A igreja precisa atestar com confiança a verdade das Escrituras. Se a igreja declara que a homossexualidade é pecado e depois se cala, então a igreja não declarou a verdade a partir das Escrituras. Ela deixou de fora verdades importantes das Escrituras, criando barreiras que impedem as pessoas de ouvir o evangelho e de reivindicar o Reino de Deus. Jesus afirmou claramente que Deus não fica feliz quando pessoas, especialmente os líderes religiosos, criam barreiras que impedem outros de participar do Reino de Deus.

As importantes verdades das Escrituras sobre a homossexualidade incluem o fato de que todos nós temos uma sexualidade ferida e afetada pelo pecado e todos nós seremos tentados a usar a sexualidade de uma forma distante do que Deus planejou. Outra verdade é que a resposta de Deus às pessoas que enfrentam essas dificuldades é uma resposta de misericórdia, perdão e graça verdadeira, que leva à redenção e a uma nova vida em Cristo. O resultado disso é que a igreja deve ser um lugar que receba as pessoas que já se envolveram na homossexualidade e que hoje não mais a praticam. Pessoas que foram justificadas. I Coríntios 6:9-11 reconhece claramente a presença de ex-homossexuais na igreja. O texto os inclui entre os ex-pecadores que foram perdoados, justificados em Cristo e em Cristo receberam uma nova identidade.  É certo que o Apóstolo Paulo sabia que havia ex-homossexuais em sua igreja local e ele celebrava a liberdade deles em Cristo Jesus. Este texto comunica a tremenda esperança e bondade de Deus.

O material de apoio “O que a Bíblia Diz sobre a Homossexualidade” oferece uma discussão mais abrangente deste tema.

Identidade

Para algumas pessoas, a atração ou o comportamento homossexual pode levar à adoção de uma identidade homossexual. Quando o termo ‘homossexualidade’ é usado neste sentido, significa que uma pessoa define a si mesma como um homossexual. Essas pessoas alicerçam na própria homossexualidade, a sua identidade ou a percepção de si mesmas. Isto pode ocorrer mesmo que elas nunca venham a desenvolver um comportamento homossexual.

Adotar uma identidade baseada na homossexualidade é destrutivo, pois esta identidade é falsa. Todos nós somos tentados a desenvolver uma falsa identidade separada de Deus, mas toda falsa identidade leva à destruição. O plano redentor de Deus é dar-nos uma nova e verdadeira identidade em Cristo. Somos exortados nas Escrituras a nos vestir desta nova identidade. (2 Co 5:17).

Para muitos homossexuais que aceitam a Jesus e a nova vida que Ele oferece, sua verdadeira transformação não é tão centrada no comportamento, na atração, ou no diabo. Em vez disso, sua transformação verdadeira é centrada no coração. É uma mudança de identidade de dentro para fora. Esta transformação de identidade resultará em transformação de comportamento.

Cristãos bem intencionados geralmente se concentram no comportamento e concluem que se uma pessoa interrompe seu comportamento homossexual está tudo bem. Este é um grande erro. A jornada de abandono da homossexualidade não termina ou começa com o comportamento. Mesmo tendo cessado o comportamento homossexual, ainda há muito trabalho a ser feito no processo de assumir uma nova identidade em Cristo.

Afastar-se de uma identidade arraigada e por muito tempo mantida e seguir em direção a uma nova identidade que às vezes é difícil de ser compreendida, pode ser muito mais desafiador do que simplesmente interromper um comportamento indesejado.

Esta busca por uma identidade baseada somente em Cristo não é exclusiva daqueles que deixam a homossexualidade. Todas as pessoas estão em busca da verdadeira identidade, Entretanto, para muitas pessoas, a fonte de sua falsa identidade não é evidente. No caso da homossexualidade, a identidade falsa é clara.

A falsa identidade de um homossexual geralmente se torna parte integrante do que eles pensam ser. Talvez seja o resultado da força de seu sofrimento. As pessoas geralmente começam com uma acirrada batalha interna contra a atração que experimentam pelo mesmo sexo. Mas o mundo as bombardeia com a mentira de que esta atração significa que são homossexuais e que sua homossexualidade é imutável. Isto traz grande estresse à suas vidas. Quando sua resistência interna falha, e essas pessoas finalmente decidem abraçar a identidade que o mundo as encoraja a abraçar, há um grande sentimento de alívio. Pela primeira vez na vida, elas se sentem confortáveis com o que são e isso origina a infeliz decisão de reforçar este novo sentimento de identidade.

Graças à conexão entre seus sentimentos e sua identidade, as pessoas identificadas como gays não distinguem entre quem são e o que fazem. Sendo assim, a desgastada frase cristã “ame o pecador, odeie o pecado” não faz sentido para os homossexuais. Tudo o que eles ouvem é a palavra “odeie”, porque eles não distinguem entre quem são e o que fazem.

Deixar a homossexualidade significa entregar uma identidade gay no altar de Cristo e aceitar a nova identidade que Ele tem a oferecer. Para muitos, esta é uma batalha extremamente difícil pois lhes parece o abandono de algo que, afinal, deu-lhes a percepção de quem são.

Estilo de Vida

Outras vezes, a homossexualidade é mais uma afirmação social e política em que a pessoa homossexual abraça um estilo de vida que é solidário à homossexualidade.

Abraçar esse estilo de vida envolve cercar-se de uma subcultura gay como apoio. Essas pessoas cercam-se de amigos gays, trabalham em um estabelecimento gay, freqüentam bares ou boates gays, etc. Com este estilo de vida gay intacto, elas sentem-se menos só e têm a sensação de pertencer a um grupo.

Quando convidamos um homossexual para receber a Cristo estamos pedindo que ele desista de seu senso de identidade, e que abandone um grande grupo de apoio. Eles podem ser tratados como traidores daquelas pessoas que os amaram e os receberam, e estão trocando tudo isso por um grupo de apoio estranho e desconhecido que eles podem ou não, encontrar na comunidade cristã.

Compreender o desafio de quem desiste de uma identidade pela qual muito lutou e agora deixa um grande grupo de apoio, deveria ajudar a igreja a perceber que precisa oferecer a essa pessoa, muito encorajamento, comunhão e apoio. A nova identidade desta pessoa terá oportunidade de criar raízes e florescer na comunidade de fiéis? Ou ela se sentirá abandonada por seus velhos amigos da comunidade gay, e ao mesmo tempo rejeitada e mal compreendida por seus novos irmãos e irmãs em Cristo?

TEXTOS ADICIONAIS

Acompanhando este ensaio, há três outros, que estão sendo oferecidos como documentos individuais

Ensaio #2 – A Homossexualidade e a Igreja. Este ensaio discute porque a igreja deve ministrar pessoas afetadas pela homossexualidade.

Ensaio #3 – A Obra de Deus para Redimir e Transformar Pessoas Envolvidas na Homossexualidade. Este ensaio discute como Deus redime e transforma as pessoas envolvidas na homossexualidade.

Ensaio #4 – Preparando a Igreja para Responder com Verdade e Graça. Este ensaio discute como a igreja pode responder com a verdade e a graça de Deus.

CONCLUSÃO

Deus está chamando a igreja para responder com Sua verdade e graça aos homens e mulheres afetados pela homossexualidade. Muitos de nós, na igreja, os reduzimos a ativistas que lutam contra a tradição e a moralidade bíblica. Muitos de nós temos os corações endurecidos em relação a eles, a ponto de não considerá-los pessoas perdidas que Deus quer trazer para Seu Reino. Nosso chamado é alcançar, com o amor de Cristo, estes 155 milhões de homens e mulheres em todo o mundo.  (João 13:34).

Os homens e as mulheres gays não estão excluídos ou isentos do amor, da graça, da salvação e da cura de Deus. A paixão de Deus deve ser nossa paixão: que ninguém pereça, mas que todos tenham a vida eterna.

Deus deixou conosco esta responsabilidade. Cremos e confiamos na habilidade da igreja de ganhar, através de Cristo, homens e mulheres homossexuais para Cristo. Estamos todos juntos nesta obra, através de Cristo, cumprindo a Grande Comissão. Deus nos deu tudo o que precisamos para alcançar pessoas com as boas novas do reino de Deus e curar aqueles que precisam de cura. Que Deus nos prepare para responder, com a Sua verdade e graça para que homens e mulheres envolvidos na homossexualidade vejam que Deus os ama e quer trazê-los para o Seu reino.

© The Lausanne Movement

  1. O número de pessoas que se consideram gays ou lésbicas, e a proporção de pessoas que têm experiências com o mesmo sexo é difícil de estimar com precisão por uma série de razões. No entanto, estudos em vários países realizados por institutos de pesquisas e universidades reconhecidos, têm demonstrado de forma consistente, que menos de 3% e talvez menos de 2% dos homens, são homossexualmente ativos em um determinado ano. A homossexualidade feminina é estimada em aproximadamente metade ou menos, dos índices masculinos, e parece caracterizar menos de 2% da população feminina. Exceções podem ser encontradas em grupos e países específicos. Referência: Hughes, John R. (2006). Uma revisão geral dos relatórios recentes sobre a homossexualidade e o lesbianismo. Sexualidade e Incapacidade, 24, 195-205. 155 milhões de pessoas é uma estimativa do cálculo de 2% da população do mundo.
  2. Homosexuality: A New Christian Ethic, by Elizabeth Moberly (James Clark, 1983).

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