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Alguns eventos só ocorrem depois de uma espera extraordinariamente longa — e durante essa espera muitos perseveram suportando fracassos e frustrações, orando em meio a dificuldades e se empenhando muitíssimo para que as coisas aconteçam. O Fórum de Líderes das Igrejas da Ásia (ACLF), realizado em Seul em junho de 2013, convocado por Lausanne Ásia (ALCOE) e promovido por Lausanne Coreia foi um desses eventos.
De início, parecia uma conferência internacional como qualquer outra. Entretanto, para os representantes das igrejas nos lares da China, foi uma conferência de amplas consequências. Sanou-se em grande medida o profundo pesar que os representantes chineses sentiram por não terem conseguido participar do Terceiro Congresso de Lausanne na Cidade do Cabo em 2010.
Quando os representantes chineses pensavam em participar do Cidade do Cabo 2010, esperavam reatar a comunhão e o contato com a Igreja Global; saber o que as igrejas do mundo todo estão fazendo no que diz respeito às missões mundiais e ver como as igrejas podem ser parceiras umas das outras; e ver diferentes redes e diferentes partes do corpo na China fazerem contato, testemunharem juntas na sociedade chinesa e serem companheiras na evangelização e na missão mundial.
O ACLF cumpriu basicamente esses propósitos. O fórum foi uma reunião significativa de líderes cristãos, incluindo mais de 100 representantes de igrejas na China Continental — a tradicional igreja chinesa nos lares; redes rurais; igrejas emergentes urbanas nos lares; comunidades cristãs na educação, cultura e negócios; e organizações missionárias na China. Houve interações e conversas profundas com líderes ao redor do mundo a respeito dos desafios para a igreja urbana, a educação teológica, o testemunho na sociedade chinesa, o movimento “de volta a Jerusalém”, etc. O ACLF também gerou consolo e unidade. Os representantes chineses sentiram-se aceitos e incluídos na família global.
Durante os últimos dois anos, a igreja chinesa fora do território e a igreja nos lares, dentro dele, discordaram a respeito das controvérsias da Cidade do Cabo 2010. Entretanto, o ACLF reduziu a divisão, fortalecendo em cada uma a determinação de crescer em compreensão, compromisso, amor e oração mútuos.
Ademais, esse encontro encorajou os participantes a se aprofundarem na unidade e solidificar o compromisso entre eles. O “Compromisso de Seul” expressa a aspiração conjunta deles.
O impacto do ACLF será sentido em várias áreas, principalmente na “visão 2030”, que proporciona uma direção clara e específica para a igreja na China, mobilizando recursos e entusiasmo em favor da missão mundial.
A igreja global deve reconhecer que a China ainda carece de atenção do mundo missionário. A China ainda é a maior nação do mundo em que há pessoas que não ouviram o evangelho, com muitos grupos inalcançados.
Além disso, a igreja chinesa tem enfrentado desafios enormes da urbanização. Os jovens da igreja rural estão partindo. Há uma falta de liderança pastoral nas cidades. O surgimento de heresias, tensões nas relações igreja—estado e o materialismo galopante estão entre os desafios diários.
A igreja global deve unir-se à igreja na China, arcando com essa responsabilidade. O aprofundamento das interações entre a Igreja global e a igreja na China deve levar à construção de parcerias mais profundas.