This is the Executive Summary. The full article is available in English.
Missão Empresarial, BAM (Business as Mission), é um nome novo, mas o conceito por trás dele não é. Não se trata de nova descoberta, mas do redescobrimento de verdades e práticas bíblicas. Nosso primeiro mandato, determinado por Deus, é o da criação, Gênesis 1—3: devemos ser criativos, criando boas coisas para nós mesmos e para os outros, sendo bons mordomos de todas as coisas que nos foram confiadas — até no campo material. Isso inclui sermos criativos nos negócios — para gerar riquezas. A criação de riquezas é um talento divino. Como cristãos, muitas vezes nos concentramos mais na distribuição de renda, mas não há renda a distribuir, se ela não for criada.
Deus chama e capacita alguns para os negócios. Precisamos aceitar e encorajar os homens de negócios para que exerçam a vocação deles com profissionalismo, excelência e integridade. BAM é um movimento global crescente de cristãos no mercado, procurando servir a Deus e ao bem comum por meio dos negócios.
Há uma carência global de cerca de 1,8 bilhões de bons empregos formais. Muitos vivem e trabalham no meio inseguro da economia informal. A maioria sonha com um emprego formal, mas muitos têm pouca ou nenhuma perspectiva de encontrar algum. BAM significa transformações sociais, o que implica construir a economia formal. A espinha dorsal de países desenvolvidos são as empresas de pequeno e médio porte (PMEs). As PMEs também impulsionam a geração de empregos em países em desenvolvimento. Transformações sociais implicam mudanças boas e duradouras.
O movimento BAM ainda é pequeno (uma minoria), mas sua visão e valores disseminam-se cada vez mais pelo globo. O primeiro grupo de reflexão sobre BAM (2003 — 2004) e o documento de Lausanne sobre o assunto (2004) ajudaram a catalisar um entendimento global comum do conceito. Temos por alvo um impacto positivo nos campos econômico, social, ambiental e espiritual que leve a uma transformação holística de povos e sociedades — para a máxima glória de Deus. Nossa preocupação especial é com os povos mais pobres e menos evangelizados do mundo.
O segundo processo reflexivo global (2011 — 2013) aumentou as conexões, construindo um movimento BAM global, estabelecendo uma visão conjunta, desenvolvendo valores em comum e facilitando um trabalho colaborativo dos praticantes de BAM e outros líderes chaves no ecossistema BAM em geral.
Sem uma massa crítica de empreendimentos BAM, PMEs e empresas maiores, não podemos ver transformações no nível macro — em cidades, culturas e ações. A massa crítica, no movimento BAM, ainda não chegou, embora indicadores promissores estejam emergindo em alguns países e regiões.
BAM é uma questão intergeracional, como outros movimentos de transformação social. Queremos preparar o cenário e prestar um serviço à nossa geração, de tal maneira que seja uma bênção para muitas gerações futuras. O moderno movimento de BAM ainda é jovem. Queremos construir um movimento que possa gerar transformações boas e duradouras. Acolhemos a promessa de que Deus nos abençoará para que possamos ser uma bênção — nos negócios e por meio deles — em nossa geração e por muitas gerações futuras.