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Seja bem-vindo à edição de novembro da Análise Global de Lausanne.Esperamos ouvir sua opinião.

O tema desta edição da AGL é liderança, inspirado pelo Encontro de Líderes Jovens (ELJ 2016) que aconteceu em Jacarta em agosto. Esta edição começa com uma reflexão de dois organizadores-chave do ELJ sobre seis lições de desenvolvimento de liderança que aprenderam através da preparação do encontro.Então, analisamos como podemos nos envolver com a geração emergente de líderes de missões globais ao abraçarmos o desafio das parcerias.Depois disso, abrimos um pouco o foco para considerar como líderes de missões também podem se tornar ótimos líderes globais.Finalmente, sugerimos como líderes cristãos e seus liderados devem responder quando enfrentarem uma situação política divisiva e polarizada, tal como a crise atual brasileira.

“No geral, leva décadas para vermos os frutos surgirem deste tipo de encontro. No entanto, Deus já nos permitiu ver frutos arrebatadores na forma de conexões do reino”, escreve Sarah Breuel (equipe da IFES e implantadora de igrejas em Roma, Itália; diretora do ELJ2016) e David Benson (professor na Malyon College, Queensland, Austrália; diretor de programação do ELJ2016) sobre o ELJ2016. Seis lições que surgiram do ELJ foram:Honrar a Deus com todo seu coração; escolher as pessoas certas; buscar o murmúrio suave; o desenvolvimento de liderança é um processo comunitário; uma geração precisa da outra; e as melhores conexões para missões globais surgem do compartilhamento de histórias.‘Através do ELJ2016 viajamos juntos – junto com Deus, juntos um ao outro, juntos como igreja global e juntos como gerações.Colocamos nossa plena confiança em Deus e o servimos com todos nossos corações; e agora podemos testemunhar sua fidelidade, pois, de fato, Ele fez infinitamente mais do que pedimos ou pensamos.

“Nossa missão em comum surge de nossa identidade em Cristo em comum.Nisto deve se basear toda a reflexão de paradigmas bíblicos para mentoria efetiva de líderes emergentes e parcerias para missões”, escreve Nana Yaw Offei Awuku (diretor de campo da União Bíblica em Gana; diretor da Geração de Líderes Jovens – uma iniciativa de Lausanne).Este movimento em massa da fé cristã no hemisfério sul cria uma necessidade de novos modelos de parcerias geográficas, parcerias estratégicas e parcerias entre gerações para missões, assim como amizades autênticas transculturais. No entanto, a igreja deve enfatizar e envolver novamente a prioridade da parceria definitiva com Deus namissio Dei. Este deveria ser o fundamento de todas as parcerias para missões globais. Conclui dizendo: “Ao celebrarmos o crescimento dinâmico da igreja em termos globais, é hora de nos envolvermos com a próxima geração de líderes da missão global ao abraçarmos o desafio e a beleza das parcerias do reino pelo evangelho”.

“A força-tarefa de missões que irá completar a evangelização mundial nesta geração será um mosaico de líderes globais, com passado, habilidades e experiências diversificadas e até conflitantes”, segundo Mary Ho (diretora-executiva da Família de Todas as Nações). Neste mundo cada vez mais complexo, cada líder de missões terá que ser um líder global mestre em competências-chave de nível global. Os líderes de missão global devem saber quando exercitar suas habilidades através de fronteiras e momentos diferentes. Ter momentos de auto-reflexão cultural ajuda a analisar cada situação. Inovações incríveis são produzidas ao combinaridéias de fontes centralizadas e locais ou ao integrar diversas contribuições para criar uma nova norma. Líderes de missões são chamados para serem líderes de nível mundial. “Devemos cultivar as competências de liderança global para o maior esforço global – completar a tarefa de evangelização mundial ainda nesta geração”, ela conclui.

Alguns cristãos brasileiros adotaram visões polarizadas durante a crise política atual, um fenômeno que se estende além do Brasil.Oferecemos alguns princípios para guiar líderes cristãos e outros sobre como responder a essa situação. “Saber como se comportar é mais importante do que saber que posição tomar”, escreve Paul Freston (professor emérito em Religião e Política no Contexto Global na Balsillie School of International Affairs and Wilfrid Laurier University no Canadá) e Raphael Freston (mestrando em Sociologia na Universidade de São Paulo). Também é importante cultivar reticência política cristã, distinguir entre diferentes debates, reconhecer os posicionamentos possíveis, ir além do moralismo simplista sobre a corrupção e distinguir entre o ideal e o que o carrega.A história tem muitas surpresas.A pessoa que submete sua leitura da fé ao consenso social transitório irá descobrir que seu raciocínio se tornou incrivelmente ultrapassado. “É por isso que afirmamos a importância do pluralismo político cristão, em que alguns tenderão mais à direita, outros mais à esquerda, nunca desprezando ou excomungando com quem discordamos politicamente”, concluem.

Quer você esteja planejando ler os artigos completos ou somente os sumários executivos, esperamos que esta edição seja estimulante e útil.Nosso objetivo é disponibilizar informações, perspectiva e uma análise estratégica e de credibilidade, para que você, no papel de influenciador, possa estar mais bem equipado para a tarefa de missão global.Esperamos que as análises de tendências e desenvolvimentos atuais e futuros o ajudeme sua equipe a tomar as melhores decisões sobre como ser mordomo do que Deus lhe entregou.

Por gentileza, envie perguntas e comentários sobre esta edição para [email protected]. A próxima edição da Análise Global de Lausanne será lançada em janeiro.

David Taylor

David Taylor é o Editor da Análise Global de Lausanne. Ele é um analista de relações exteriores com foco no Oriente Médio. Ele trabalhou durante 17 anos no Ministério de Relações Exteriores e da Commonwealth, com foco especial no Oriente Médio e Norte da África. Em sua experiência seguinte, trabalhou 14 anos como Editor para o Oriente Médio e editor adjunto do Daily Brief na Oxford Analytica. David agora divide seu tempo entre trabalhos de consultoria para a Oxford Analytica, o Movimento de Lausanne e outros clientes. Ele trabalha também com a Christian Solidarity Worldwide – CSW, a Religious Liberty Partnership e outras redes internacionais com foco em liberdade religiosa.